Londrina, Paraná. Café. Coloque isso no Google e em instantes você vai entender a relação com o turismo, mesmo que a região e os roteiros com a bebida não estejam no topo das listas de desejos.
Ainda.
Sim, as visitas à vinícolas são mais populares, assim como destinos internacionais, praias e resorts. Mas a Rota do Café paranaense tem tudo para ser listada por quem curte experiências de viagem fora do comum… e dentro, bem dentro, do Brasil.
Vem junto?
Pra começar, algumas informações básicas:
- Viajar sozinha pelo Paraná é bem tranquilo e a Rota do Café tem opções de passeios, oficinas e vivências que conectam viajantes e moradores locais. Pode esquecer aquela coisa de “vamos marcar um café” que nunca se materializa.
- A Rota do Café também é interessante para viagens em família, casal ou grupo de amigos. Arrisco dizer que mesmo quem não é #coffeelover pode curtir bastante – só não dou certeza porque, bem, sou dessas… Sério, tem atividades bacanas até para crianças.
- Dá para fazer tudo por conta própria, mas vale a pena checar as sugestões do site oficial da Rota do Café para montar seu roteiro. Melhor ainda, entre em contato antes da viagem e confira as experiências disponíveis para agendar.
- Acho uma boa opção fazer Londrina como base, pois a cidade tem boa estrutura de hospedagem e é facilmente ‘navegável’ – além de ser uma graça de lugar!
- Como a rota se espalha pelo entorno, é uma ótima oportunidade de colocar o pé na estrada para conhecer o norte do Paraná (confira o mapa abaixo). Muitos turistas fazem os trajetos de carro (próprio ou locado), mas também dá para explorar a região sem dirigir. Eu fiz tudo de ônibus e táxi
Como é a Rota do Café do Paraná
Pense numa combinação de turismo rural e aprendizado mútuo com gente que ama o que faz. E acrescente café a gosto.
Não dá para comparar com a rota do café colombiano, que eu tive a oportunidade de fazer há alguns meses, e acredito que também não tenha a ver com os roteiros oferecidos no sul de Minas ou no vale do café.
Cada experiência é única, pessoal, intransferível.
Então, vou dar uma ideia geral de como foi a minha e torço para que você se anime a fazer as próprias descobertas, aproveitando as informações compartilhadas aqui.
Aliás, esta é apenas uma prévia porque ainda vou escrever sobre meus principais achados e contar mais histórias sobre essa viagem nos próximos posts.
Por agora, confira os destaques do meu roteiro.
Sugestões de Roteiro
Vou reproduzir abaixo as ideias que recebi após meu contato através do site da Rota do Café. Nem todos os lugares fazem parte “oficialmente” da rota, como a pousada de onde sai a trilha para o Morro do Avião e a cachaçaria. Ainda assim, eles são recomendados pelo pessoal.
Você pode seguir um (ou mais) dos roteiros abaixo ou customizá-los à sua maneira. Vou marcar o que fiz e contar sobre minhas escolhas nos próximos tópicos.
Roteiro Descobertas (Londrina – Rolândia)
08:00 – oficina de torra na cafeteria O Armazém Café
09:30 – visita guiada no Museu Histórico de Londrina
ou visita à corretora de café A Rural (sob consulta)
11:00 – saída para Rolândia
12:00 – almoço em Rolândia (sugestão: Restaurante Porto Alegre)
13:00 – trilha na mata nativa da Chácara Marabu e café da tarde
16:00 – saída para Londrina
17:00 – oficina de drinks gelados de café com a barista Fernanda Correa na Sávio Sorvetes
Roteiro Cafezais (Santa Mariana – Ribeirão Claro)
#1 dia
07:30 – saída para Santa Mariana
09:30 – café da manhã + visita guiada pelo cafezal + vivência na Fazenda Palmeira
12:00 – saída para almoço em Santa Mariana (sugestão Nova Central)
13:00 – saída para Ribeirão Claro
15:00 – visita guiada na Fazenda Monte Bello, terreiro, mata + café da tarde
17:30 – saída para Ribeirão Claro – pernoite na Pousada Victor
#2 dia
08:30 – trilha no Morro do Avião saindo da Pousada Ruvina
12:00 – almoço na Pousada Ruvina
13:00 – retorno para Santa Mariana
14:30 – parada na Cachaça Bassi perto de Santa Mariana (visita ao alambique)
15:30 – retorno a Londrina
Roteiro Biodinâmico (São Jerônimo da Serra – Ibiporã)
07:30 – saída de Londrina
09:00 – visita ao Museu de São Jerônimo da Serra
09:30 – saída para a Fazenda Terra Nova (município de São Jerônimo da Serra)
11:00 – visitação da lavoura de café, processos do cultivo biodinâmico
12:00 – almoço
13:00 – tour pela torrefação de café
14:00 – cafezinho
14:30 – saída para Ibiporã
17:00 – visitação do Centro de Artesanato de Ibiporã
18:00 – retorno a Londrina
O que eu fiz:
Além dos passeios assinalados nos roteiros, aproveitei a estadia prolongada em Londrina, a capital do café, para vivenciar o dia a dia da cidade enquanto fazia mais pesquisas e organizava todas as histórias para preparar os próximos posts. E teve de tudo por lá:
- Esfoliação especial com café. Essa opção de “momento beleza” acaba de entrar para a lista de experiências oferecidas na Rota do Café e… ah… que delícia!
- Visita guiada (pelo Google) por lugares para tomar café de Londrina. Vai ter post com as melhores descobertas em 321.
O que NÃO fiz:
- Ribeirão Claro e Carlópolis. Para quem viaja com a família ou quer esticar a road trip, há várias opções de turismo por ali e me disseram que as paisagens são deslumbrantes. Já estão no meu radar, mas mantive o foco em Londrina, Rolândia e Santa Mariana para evitar correria.
- Roteiro biodinâmico. Não faz muito tempo que acompanhei esse tipo de cultivo no Eje Cafetero da Colômbia, então preferi dar mais espaço às outras experiências. Porém, me interesso muito no artesanato feito com filtros de papel e outros materiais que podem ser reciclados em cada ponta da produção do café. Tema para futuros posts, com certeza.
Continue viajando comigo!
Tanta coisa para contar dessa viagem… Londrina conquistou meu coração e acho que nunca mais vou tomar uma xícara de café sem, de alguma forma, lembrar das pessoas e das experiências deliciosas da Rota do Café no Paraná. Logo, logo compartilho essas histórias por aqui!
Beijos, Prats